3 de setembro de 2010

Controversa conversa

É incrível parar e observar as doses do dia-a-dia. Você tem que saber o limite entre simpatia e assédio sexual, diga-se de de passagem, o limite é quase imperceptível na intolerância e perversão dos nossos dias.
Você tem que medir as palavras, cada uma delas. Se diz muito, torna-se suscetível a mais erros, se diz pouco pode ser introvertido, anti-social até mesmo um pscicopata.
Você come o que empurram pela mídia, seu cérebro é bombardeado em todo tempo com imagens que induzem ao prazer. Você come a comida processada e se torna obeso. Obeso você não se encaixa nos padrões, nas doses do momento. E então, você se entope de drogas que deixam uns farmacêuticos endinheirados, e um organismo viciado.
Doses, tudo em pequenas doses. VocÊ nem sente!
Não sente que virou marionete, que não pensa, que não tem impulso, que não tem instinto.
Você faz dívidas pra vida toda, mas no fim você é ostensivo. Tem um carro que atrai olhares, um nariz corrigido, um seio comprado, um pedaço de carbono lapidado, um monte de concreto em algum paraíso perdido.
Ou então, você estuda noite e dia, e tenta entender o incompreensível, provar o improvavél, descobrir o pote de ouro no fim do arco-íris ou o reino perdido no fundo de algum mar.
Das duas uma, ou você será um cadáver endividado ou um culto...
Sem doses.
Tem que haver uma medida, mesmo que incessantemente te vendam extremos, ausência de limites e pudor.
"Uma dose, por favor!"
De tolerância, de honestidade, de verdade, de amor, de atenção,de uma vida não roubada, de paz e tranquilidade.

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